• Home
  • Diário de escrita
  • Livros
    • novos na estante
    • resenhas
  • Filmes
  • series / Dramas
  • Animes
  • Cotidiano
    • Estudos
  • Meus livros
    • Beautiful Love
    • Minhas fases com você
Instagram Pinterest Tumblr
Palavras da Jessie

 



Olhar para uma sociedade que espera que você marque todos os quadrinhos do "check" não é nada fácil. Embora eu trabalhe desde os meus 15 anos e já tenha aprendido e feito muitas coisas, uma das minhas grandes questões atualmente tem sido: quem eu sou? Até onde quero chegar? Tenho algum sonho ou desejo para realizar?

A resposta é que eu sempre tenho um sonho ou desejo, mas quando paro e observo ao redor, sinto uma pressão tomando de conta, pressão essa que beira a necessidade de que eu preciso ser alguém por inteiro.

Talvez soe confuso, peço perdão antecipadamente, mas a verdade é que após 15 anos trabalhando em uma carreira, percebi que "pouco" pude construir ou evoluir com ela, mas não me entenda mal, não foi porque estagnei, isso nunca, mas sim porque eu investi muito tempo e dinheiro em busca da minha própria realização na área, mas não consegui.

Trabalhei como designer gráfico e com produção gráfica por tanto tempo que quando comecei a cursar Publicidade, meu professor da cadeira de Design disse: "você deveria estar cursando Design, não Publicidade", oras, eu juro que tentei estudar e me aprimorar o máximo possível na carreira, mas sentia calafrios só de pensar que eu precisaria passar 4 anos estudando todos os conceitos de design e no fim das contas eu seria a pessoa que briga nas redes sociais que Photoshop é muito superior ao Canva e que designer que trabalha com o Canva não é designer.

Saí da Publicidade, passei muito tempo da minha vida tentando sobreviver e buscando algo que me fizesse sentir completa; tudo o que eu queria era trabalhar e sentir que aquele trabalho mudava a vida das pessoas, que eu estava deixando algo de bom na vida delas. 

Consegui alguns trabalhos extras como fotógrafa, mas não segui muito adiante, embora tenha investido cada centavo do meu suado dinheiro em câmeras e equipamentos (que inclusive, sou grata por ter feito). 

Quando cheguei próximo dos 30, me questionei o que eu havia construído após 15 anos de trabalho, bom, eu consegui minhas câmeras, experiência no ramo gráfico, mas não consegui nada material que seja significativo. Nem consegui sequer preencher o vazio que eu ainda sentia. Ao questionar comigo mesma o que eu queria de verdade, de todo o coração, lembrei dos momentos em que eu me sentia mais feliz: quando eu estava criando, quando eu estava escrevendo.

Foi então que aos 30 eu decidi recomeçar, mas com um peso muito maior: eu não tinha mais todo o tempo que eu queria. 

Quer dizer, era o que eu pensava, até ver mulheres +40 compartilhando o quanto as suas vidas começaram a partir dali. O meu maior desafio foi aceitar que eu havia feito todas as escolhas certas para que eu chegasse mais inteira até aqui.

Entre uma crise existencial e um boleto, eu enfrento o desafio de unir tudo aquilo que eu fiz a vida inteira, com aquilo que eu sempre amei a vida inteira, que é a escrita, o criar, o imaginar e o dar vida às ideias. 

Escrevo esse post aos prantos, com a certeza de que pelos próximos anos, eu ainda terei desafios, mas estarei mais feliz. Sem sombra de dúvidas.

Share
Tweet
Pin
Share
No comentários

 

livro mostre seu trabalho - Austin Kleon

Quando comecei a criar conteúdo na internet, ainda em 2007 quando não era sequer esse termo, uma das coisas que sempre amei foi o fato de poder estar em um lugar onde eu poderia colocar para fora minha criatividade, compartilhar meus pensamentos, quer fossem os mais aleatórios possíveis, ou até mesmo compartilhar sobre aquele livro que tanto gostei. 

Porém, eu acabei matando a minha criatividade no meio do caminho.

Enquanto fui conhecendo outros criadores na época, via o quanto eles eram incríveis, criativos e bem-sucedidos, e comecei a me comparar. Para acabar de vez com a minha criatividade e naturalidade para criar conteúdo, comecei a ver também as pessoas falarem sobre "as regras" a serem seguidas.

Honestamente, isso acaba com qualquer um.

De tanto olhar para a grama do vizinho, não soube apreciar o meu próprio jardim e mal conseguia enxergar minhas próprias conquistas. Foi então que, embora eu gostasse muito de criar por criar, por pura vontade intuitiva, comecei a me "moldar" para compartilhar aquilo que era "o certo". 

Não era confortável ficar vendo que eu estava "fazendo tudo errado", que parecia que eu era a única a não estar fazendo sucesso na internet e ganhando dinheiro. E com isso tudo pressionando minha cabeça, eu abandonei o lugar de que eu mais gostava: meu blog e minhas redes.

Anos depois, quando comecei a escrever meu primeiro livro, voltei com aquela mesma paixão de compartilhar algo, sem esperar nada em troca, porém fui arrebatada novamente pela onda de comparação, pela sensação de estar no lugar errado e que eu não deveria estar ali, ou aqui.

Diferente de antes, dessa vez eu consegui calar todas as vozes que minha mente pensava em reproduzir e, por fim, fiz um pacto com a minha criatividade, assim como a Elizabeth Gilbert fez com a dela.

Silencie todas as vozes externas e a sua voz interna se sobressairá

Busquei um afastamento quase que total das redes sociais, me mantive em contato com a minha criatividade, com minhas vontades e principalmente com o meu coração. Encontrei uma voz que há tempos vem gritando ao meu ouvido, dizendo: "Faça aquilo que o seu coração deseja". Uma voz calada ao longo dos anos por minha culpa, pela minha incapacidade de acreditar em mim, pelo meu desespero constante, pela pressa de querer ser alguém, pela vontade de ter o que a pessoa do lado tem. 

A realidade é que a maioria das pessoas que eu sempre admirei, as quais comecei a me comparar, fazem tudo o que fazem por amor, pelo prazer de compartilhar todos os dias aquilo que amam, que inspiram elas. Essa é a magia.

Após essa pausa, tive a constatação de que eu não estou aqui para seguir os passos de ninguém, estou aqui apenas para ser eu mesma e viver minha vida com mais criatividade e leveza. Sendo assim, fiz um trato com minha criatividade e prometi que, a partir desse momento, seríamos apenas nós e mais ninguém. Sem pressão por sucesso, fama ou dinheiro. Prometi que daria meu melhor para me manter saudável, com a mente tranquila, os boletos pagos e assim ela poderia fazer o que sempre fez: dar voz e forma aquilo que meu coração deseja.


Share
Tweet
Pin
Share
No comentários
Postagens mais antigas

Oiê, aqui é a Jessie 🌈 Sou escritora independente, fotógrafa, designer e criadora de conteúdo.


Acredito que uma boa história merece ser contada e compartilhada da melhor maneira possível.


Procuro não definir tanto, pois estou em constante mudança


Autora de Beautiful Love, meu primeiro romance LGBTQIAP+ e Minhas Fases com você, meu primeiro conto.


Escreva-me para contatos e parcerias palavradajessie@gmail.com

siga-me

Workbook para escritores

。˚ ♡ Minhas redes sociais

  • instagram
  • pinterest
  • youtube
  • tiktok
  • Tumblr

Meus livros



Leia no Kindle Unlimited




Leia no Kindle Unlimited

。˚ ♡ | Categorias

  • daily
  • dicas
  • livros
  • resenhas
  • series
  • textos

Mais lidos

  • Larissa: O outro lado de Anitta, é tudo aquilo que precisávamos para conhecer a pessoa por trás da artista
      Se alguém me perguntar se sou fã da Anitta, eu direi que não. Embora a artista não cante o meu gênero favorito, é inegável o quão duro ela...

Arquivos do blog

  • março 2025 (3)
  • dezembro 2024 (5)
  • outubro 2024 (1)
  • agosto 2024 (1)
  • maio 2024 (1)
  • março 2024 (1)
  • fevereiro 2024 (1)
  • dezembro 2023 (2)
  • novembro 2023 (1)
  • outubro 2023 (1)
  • setembro 2023 (1)
  • maio 2023 (2)
  • abril 2023 (1)

Palavras compartilhadas com por Jessie - © 2025 - Palavras da Jessie - Todos os direitos reservados. Todos os textos e fotos são de autoria de Jéssica Mendes. Exceto quando creditado.

Created with by ThemeXpose